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Polêmica sobre escolha da carreira divide opinião de especialistas

Umas das horas mais difíceis dos jovens é a escolha da carreira

Umas das horas mais difíceis dos jovens é a escolha da carreira. Tendo que decidir o que irão fazer para o resto da vida cada vez mais cedo, jovens se mostram inseguros e muitas vezes tem dentro da própria casa a pressão por decidir por determinadas carreiras que estão em destaque no mercado. Na dúvida entre a satisfação pessoal e uma carreira que está em crescimento, muitos acabam optando por pedir ajuda profissional. Mas, e quando até mesmo os especialistas se divergem sobre o que escolher?

Recentemente, Marc Andressen, confundador do Netscape publicou em seu twitter uma série de posts em que afirmava que seguir a sua paixão pode ser uma decisão equivocada. Chega mesmo a dizer que “fazer o que se ama” são conselhos perigosos e destrutivos, normalmente vindos somente de pessoas bem sucedidas em suas carreiras, e que jamais são perpetuados por quem fracassou no mercado de trabalho ao seguir suas vocações.

Compactuado com o pensamento de Marc, o palestrante Roberto Shinyashiki afirma que é preciso amar primeiro o seu cliente e cita: “Uma professora que ama datilografia vai morrer de fome. Ao olhar para o cliente vai perceber que ele não precisa mais de datilografia, mas de informática”.

No entanto, Eliseu Neto, psicopedagogo e diretor do grupo Orientando, afirma que tal discurso agressivo abre espaço para um pragmatismo perigoso. Segundo Neto, é compreensível que nas camadas populares, onde existem menos oportunidades, esse pensamento seja mais comum. Mas, ressalta que com boas políticas públicas e ofertas de cursos técnicos esse jovem pode construir uma carreira que siga o sentido do seu desejo pessoal. O pedagogo alerta ainda que mais preocupante são  os jovens abastados abrindo mão de seus desejos na escolha da profissão, como se isso significasse felicidade certa, sem algum risco.

“As empresas de RH já deixaram claro que o diferencial ao contratar alguém nos dias de hoje não é mais o diploma, mas sim a criatividade, o potencial de relacionamento humando e a liderança, dentre outras qualidades. Eu vejo essas questões como fortemente ligadas ao prazer e desejo”, alertou Eliseu.

Ele ainda lembra que ao escolher a carreira cedo, por volta dos 17/18 anos, o jovem tem tempo de tentar seguir o seu desejo. Se não der certo, trocar de carreira e ainda estar inserido no mercado de trabalho. E ressalta que o insucesso poderá ainda fazer desse jovem um profissional melhor no novo caminho que por ventura venha a seguir

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