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Perspectiva sobre emprego despenca

Na esteira da desaceleração na geração de vagas, o indicador que mede o sentimento das famílias sobre o emprego atual despencou 16,2% entre julho e agosto, mostram dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A insatisfação dos consumidores em relação ao momento atual da economia tem relação direta com a percepção sobre o mercado de trabalho. Na esteira da desaceleração na geração de vagas, o indicador que mede o sentimento das famílias sobre o emprego atual despencou 16,2% entre julho e agosto, mostram dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo a instituição, 58,3% dos consumidores acham que está difícil encontrar trabalho, enquanto apenas 10,6% apontam facilidade.

A deterioração na visão sobre o emprego ocorreu em todas as capitais, afirmou ontem a economista Viviane Seda, coordenadora da Sondagem do Consumidor da FGV. O quadro é diferente do mês passado, quando a percepção sobre o mercado de trabalho foi positiva no Rio de Janeiro, influenciada pelos empregos temporários gerados durante a Copa do Mundo, e as expectativas melhoraram em São Paulo, no aguardo da retomada da atividade industrial após o evento esportivo.

Diante da queda no indicador de emprego atual, a avaliação sobre a economia no momento atual também despencou. O recuo foi de 13,6%, após a melhora de 8,8% verificada em julho. "Não houve mudança de taxa de juros, e a inflação desacelerou, o que seria um aspecto positivo. O que influencia neste momento é avaliação sobre o mercado de trabalho", disse Viviane.

Em relação ao futuro, o indicador de emprego melhorou 2% em agosto ante julho, mas o dado tem de ser relativizado, ponderou a economista. "Não é uma melhora favorável, porque ainda está num nível muito baixo", explicou. 

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