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Dólar fecha em queda pelo 2º pregão seguido, a R$ 3,55

Moeda dos EUA recuou 1,35% na venda, cotado a R$ 3,5528.

O dólar fechou em queda ante o real nesta quinta-feira (27), pelo segundo pregão consecutivo, terminando a sessão abaixo de R$ 3,60, em meio a expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, possa postergar o aumento de juros que era esperado para setembro devido às turbulências financeiras globais provocadas por preocupações com a economia chinesa.

A moeda dos Estados Unidos recuou 1,35% na venda, cotada a R$ 3,5528. Veja a cotação.

Nas duas sessões anteriores o dólar tinha fechado no patamar de R$ 3,60.

Com a queda desta quinta, a divisa passa a acumular alta de 1,62% na semana. No mês, a valorização é de 3,74% e, no ano, de 33,63%.

Veja como foi a cotação ao longo dia:
Às 9h09, caía 0,38%, a R$ 3,5874.
Às 10h10, caía 1,01%, a R$ 3,5650.
Às 11h19, caía 1,16%, a R$ 3,5596.
Às 11h49, caía 1,33%, a R$ 3,5535.
Às 12h39, caía 1,29%, a R$ 3,5550.
Às 13h40, caía 1,44%, a R$ 3,5495.
Às 15h29, caía 1,23%, a R$ 3,5568.
Às 15h50, caía 1,09%, a R$ 3,5619.

"Declarações de autoridades diminuíram o foco (em uma alta dos juros nos EUA) em setembro", afirmaram analistas do Scotiabank em nota a clientes, referindo-se ao pronunciamento do presidente do Fed de Nova York, William Dudley, de que o início do aperto monetário no mês que vem passou a ser "menos convincente" do que há algumas semanas diante das turbulências nos mercados.

A manutenção de juros baixos na maior economia do mundo sustentaria a atratividade de papéis de países como o Brasil. Essa expectativa ofuscou até mesmo o crescimento acima do esperado da economia norte-americana no segundo trimestre, divulgado nesta manhã, uma vez que operadores consideraram que o dado não reflete o impacto da volatilidade recente nos mercados globais.

No Brasil, contribuía para o alívio do câmbio o cenário interno um pouco mais positivo. Operadores citavam a concessão pelo Tribunal de Contas da União (TCU) de mais 15 dias para o governo federal explicar pontos adicionais sobre as contas de 2014 e declarações da agência Moody's que sugeririam que o Brasil não deve perder seu selo de bom pagador.

Outro fator importante para explicar a queda do dólar ante ao real nesta sessão são as expressivas altas recentes. Segundo operadores, o movimento não só abriu espaço para ajustes de carteira, como também levou investidores a especularem sobre possível aumento na intervenção do Banco Central.

"O dólar é assim mesmo: dá dois passos para frente e um para trás, porque sabe que o BC está de olho", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca.a

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