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O barato pode custar caro

Caro e barato é percepção de valor e existe uma coisa que precisa ser analisada antes de rotularmos um serviço: os benefícios que eles nos trarão

Quer seja para a sua empresa ou para você, cercar-se de profissionais competentes é imprescindível para que consiga atingir seus objetivos.

Contadores, advogados, consultores, coaches... independente do profissional em questão, contar com alguém de know-how para te assessorar a solucionar determinado problema faz uma grande diferença nos seus resultados.

Enquanto consumidores, temos uma tendência natural a procurar pelo mais barato. Uma atitude que é perigosa quando se trata de produtos e ainda mais perigosa quando se trata de serviços.

Ser parcimonioso nas nossas decisões financeiras é sempre importante e agora, talvez seja mais importante do que nunca. Entretanto, o que tenho visto é que, utilizando-se do pretexto da escassez de recursos, muita gente tem preferido contratar a mão-de-obra mais barata em detrimento da mais qualificada.

Sei que, à primeira vista, essa pode parecer uma decisão correta, afinal de contas, é hora de reduzir despesas. Entretanto, o que precisamos entender é que impacto terá para nós, nossas empresas e nossos resultados essa migração que estamos fazendo, trocando o bom pelo barato.

Tendemos a analisar o caro ou barato unicamente por um prisma: o monetário. Se o profissional A me cobra X e o profissional B me cobra 2X, o profissional A é mais barato que o B. Será?

Caro e barato é percepção de valor e, no meu entendimento, existe uma coisa que precisa ser analisada antes de rotularmos um serviço: os benefícios que eles nos trarão.

Que resultados irei obter com o profissional A? E com o B? Se, após analisar os resultados que espera que tais profissionais agreguem à você ou sua empresa, você chega à conclusão de que não existirá diferença ou que a diferença é tão pequena que realmente compensa contratar quem cobrou menos, faça isso. Afinal, seria burrice pagar a mais sem receber nada ou quase nada em troca.

No entanto, ao fazer essa análise, você irá perceber que, muitas vezes, aquele profissional “mais em conta”, cobra menos porque sabe menos, porque tem uma estrutura de suporte menor, porque tem menos experiência e, provavelmente, porque entrega menos resultados.

Não estou dizendo isso para você demitir todos os profissionais terceirizados que prestam serviços para você e ir em busca dos mais caros. Definitivamente, não foi isso que eu disse.

O que eu disse foi, simplesmente, para você não trocar um profissional de ótima qualidade que te presta um ótimo serviço e entrega ótimos resultados por um profissional mediano, apenas porque esse cobra 20, 30 ou 50% a menos.

Lembre-se, antes de rotular algum profissional ou a prestação de algum serviço de caro ou barato, além do preço, você precisa analisar o que irá receber em troca da remuneração. Que benefícios e soluções cada um deles irá te gerar. Aí então, poderá decidir quem melhor atende as suas necessidades. Mas lembre-se: o caro pode sair barato e o barato pode custar caro.

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