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Empreender exige arriscar e aprender com os fracassos

"A frustração, encarada como uma aprendizagem, pode funcionar como estímulo para chegar ao nosso objetivo"

As crises econômicas, de maneira geral, são costumeiramente analisadas pelo seu impacto na queda do consumo, redução na oferta do emprego formal, maior violência, depressão, stress, conflitos familiares, crises existenciais, busca da auto-ajuda ou até um retorno ao universo da religiosidade.

Mas, pouco ganham destaque àquelas pessoas que enxergam problemas como oportunidades, dificuldades como desafios, e passam estes momentos pensando em como se reinventar a si mesmas e à seus negócios.

Estas figuras se diferenciam por olhar a crise como uma oportunidade para se tornar um empreendedor. Procuram aliar seu conhecimento e experiência com alguma determinação e capacidade de correr riscos. Desta forma, ousam, inovam e se reinventam.

É evidente que esta atitude tem inúmeras influencias de carater cultural. Existem culturas, filosofias, religiões, processos educativos e estruturas familiares, que tendem a ser mais estimuladoras do empreendedorismo. Outros grupos são mais cautelosos, temem o fracasso e desenvolvem suas vidas e carreiras ao redor de estruturas que consideram mais “seguras”.

Como exemplos, podemos destacar àqueles que buscam carreiras em empresas públicas, muitas vezes até concursados, ou vínculos com grandes corporações. Enfim, estruturas que estão alinhadas aos modelos tradicionais do emprego.

Na cultura latina, de forma geral, correr riscos e facassar, ainda são comportamentos muito pouco analisados como formas de aprendizagem. Ou até como estímulo para seguir adiante.

Esta conduta de superação também se pode observar no universo dos esportes, atividades culturais, vida comunitária, estrutura familiar, etc. Não é exclusiva do mundo dos negócios ou empresas.

Um livro recém lançado no Brasil, sob o título “O poder do Fracasso”, da pesquisadora americana Sarah Lewis, cujo orginal em inglês é “The Rise – Creativity, the gift of failure, and the search for dastery”, trata do tema com bastante amplitude, praticidade e muitas histórias de superação.

Segundo ela “o livro conta histórias de vida de empreendedores, artistas e inventores, que venho estudando como pesquisadora. E durante esta construção descobrí que não damos a atenção necessária aos processos. Nós tendemos a esconder todo o trabalho que resulta em grandes invenções e pioneirismo, ignorando acidentes e contratempos.”

Segundo ela “a frustração, encarada como uma aprendizagem, pode funcionar como estímulo para chegar ao nosso objetivo. O que não ocorreria caso não passássemos por uma situação de ‘quase sucesso’.”

Ela estimula de maneira muito inrensa a importância de conhecer e aprender dos fracasso de outras pessoas. E caso sinta que pode, ou fracassou, trate de reverter esta sensação de maneira muito rápida.

“Elimine a palavra fracasso, que tem um siginificado estático, do seu vocabulário, e foque em expressões como conversão, transformação, que revelam que tudo é um processo”, prossegue ela.

E conclui dizendo que “quando você encoraja a ambição de tentar, elas podem falhar, mas ainda terão imaginação, capacidade e motivação para a busca empreendedora.”

Em momentos como os que estamos vivendo, de turbulências sócio-econômicas por todos os lados, inclua este tema nas suas reflexões, alternativas, projetos, conversas e diálogos com parceiros e filhos. Podem surgir novas idéias e encaminhamentos criativos.

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