Trabalho híbrido com dois dias presenciais é modelo ideal para manter produtividade
Apenas um ou dois dias no escritório é a configuração ideal para o trabalho híbrido ...
Apenas um ou dois dias no escritório é a configuração ideal para o trabalho híbrido, de acordo com um novo estudo da Harvard Business School.
Esse formato oferece aos trabalhadores a flexibilidade que desejam sem o isolamento de ficarem totalmente remotos ou no home office.
Os resultados foram baseados em um experimento no verão de 2020, onde 130 funcionários administrativos foram aleatoriamente designados para um de três grupos ao longo de nove semanas.
Alguns gastaram menos de 25% de seus dias de trabalho no escritório, outros mais de 40% do tempo, enquanto um terceiro grupo “intermediário” ficou no meio, o equivalente a um ou dois dias por semana.
Esse último grupo entregou trabalho mais original que os outros grupos, e “a diferença foi significativa”, escreveram os autores.
“O trabalho híbrido intermediário é plausivelmente o ponto ideal, onde os trabalhadores desfrutam de flexibilidade e ainda não estão tão isolados em comparação com colegas que trabalham predominantemente em casa”, diz o artigo, que tem como co-autor o professor de Harvard, Prithwiraj Choudhury. “O híbrido intermediário pode oferecer o melhor dos dois mundos."
Retorno aos escritórios
O estudo surge em um momento em que as empresas estimulam seus funcionários a retornarem aos escritórios, sem considerar o equilíbrio ideal entre trabalho remoto e presencial.
A pesquisa revelou que, daqui para frente, os empregadores esperam que funcionários trabalhem quase um quarto dos dias de casa.
Contudo, existe uma divergência considerável entre as partes quando se trata dos dias necessários para estar no escritório.
Essa discrepância ficou clara em uma pesquisa divulgada na terça-feira (12) com 200 executivos seniores, que disseram que os trabalhadores remotos são desfavorecidos e têm menos oportunidades em comparação com aqueles que trabalham principalmente no escritório.
A pesquisa, encomendada pela Vyopta, que ajuda empresas a gerenciarem seus sistemas de colaboração e comunicação no local de trabalho, também descobriu que os líderes simplesmente não confiam na capacidade da maioria dos funcionários de trabalhar remotamente.
Ainda assim, quase metade dos executivos pesquisados disseram que falharam em fornecer aos trabalhadores remotos as ferramentas para serem tão engajados quanto seus colegas presenciais.
O artigo de Harvard analisou mais de 30 mil e-mails enviados pelos funcionários administrativos, usando análise textual para indicar a originalidade de seu trabalho.
Descobriu-se que o grupo híbrido teve um desempenho melhor e obteve melhores avaliações dos gerentes do que aqueles que estavam principalmente em casa ou principalmente no escritório.
Com informações do Valor Econômico